És uma santa que leva à perdição
e eu um anjo completamente caído
Sempre que falamos
deixo de ser eu,
ou pelo menos
o eu que mostro aos outros.
Deixo cair o escudo,
ponho de lado a mascara
e sinto-me como uma criança
que anseia por se aconchegar
encostar a cabeça no teu seio
e deixar-se embalar.
Por comodismo deixo as canções falar
por mim
beneficiar do impacto maior
que traz a música.
Mas as palavras estão aqui
à boca do coração
caladas,
amordaçadas,
mas pesadas e sentidas,
Esperando o dia em que as solte
faça o que não quis fazer
e seja o que não quis ser.
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