Iniciou-se hoje a minha participação na revista digital SAMIZDAT, o objetivo é contribuir com um texto mensal para este excelente grupo de autores.
Vai ser para mim uma honra, publicar os meus humildes trabalhos, ao lado dos diversos escritores lusófonos que aqui participam.
As razões para este nome, estão devidamente explicadas na sua página de apresentação "Por que SAMIZDAT?" e só me fazem sentir solidário e irmão nos sentimentos e objetivos. Não é sem significado que, os meus três livros publicados, foram-no sem recurso aos serviços de qualquer editora, para além dos de impressão.
"A indústria cultural - e o mercado literário faz parte dela - também realiza um processo de exclusão, baseado no que se julga não ter valor mercadológico. Inexplicavelmente, estabeleceu-se que contos, poemas, autores desconhecidos não podem ser comercializados, que não vale a pena investir neles, pois os gastos seriam maiores do que o lucro.
A indústria deseja o produto pronto e com consumidores. Não basta qualidade, não basta competência; se houver quem compre, mesmo o lixo possui prioridades na hora de ser absorvido pelo mercado.
E a autopublicação, como em qualquer regime excludente, torna-se a via para produtores culturais atingirem o público."
A industria cultural, nomeadamente a literária, não quer arriscar e pretende que o seu negócio se faça às custas do autor... ele deve financiar a impressão e venda do seu trabalho e por isso são pedidas grandes somas para a impressão de um X número de exemplares, uma parte dos quais será entregue ao próprio. Os outros, espera-se que se vendam e se tal acontecer, será só lucro, porque foi tudo pago "à cabeça" pelo esperançoso candidato a escritor. Com muito talento ou pouco, vítima da falta de uma divulgação capaz, o "seu negócio" está falido à nascença, vítima de um investimento que não tem hipóteses de rentabilizar. Longe vão os tempos em que não se publicava isto ou aquilo por falta de qualidade literária, ou porque se afastava da "política editorial da editora"; agora, basta ter dinheiro (ou querer gasta-lo) e publica-se qualquer coisa.
Mas já me estou a afastar do tema desta publicação, que apenas pretende anunciar a minha primeira "postagem" nesta revista, onde pretendo publicar todos os dias 29.
Para os que gostam de ler e para os que identificam com aquilo que é ser escravo da imaginação, aqui vai: