sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Série “A Maldição dos Montenegro”

Este texto é uma obra de ficção. Embora possa incluir referências a eventos históricos e figuras reais, a história, os diálogos e as interpretações são fruto da imaginação do autor. Qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, é mera coincidência.



 Em 1755, imediatamente após o terramoto de Lisboa, várias ondas completam a destruição da cidade, arrasando edifícios e atirando navios para o fundo ou para terra.
Alguns criados do duque de Aveiro, ao vasculhar os destroços de um navio italiano atirado para perto do palácio, descobrem uma caixa de madeira finamente decorada.

Apresentada a descoberta ao duque, a caixa foi aberta revelando conter vários objetos. Embora não o soubessem, despertavam uma antiga maldição e consequências terríveis para todos quantos lhes tocassem ou os tivessem na sua posse.

Sobre a Caixa do Mal

A Maldição dos Montenegro, recebe este nome apenas por se tratar da família diretamente envolvida durante a minha narrativa, mas poderia também chamar-se A Maldição de Calígula, um dos personagens históricos supostamente envolvido.

A Maldição de Calígula

1755 e o terramoto de Lisboa é o ponto em que começam realmente as influências desta antiga maldição no nosso país, mas, como leu antes, as raízes malévolas destes objetos são muito mais profundas. Precisamos de recuar ao princípio dos tempos e às origens do Homem, da Mulher e dos demónios que habitam a Terra. Começamos pelas perguntas “Quem foi Lilith?”, “Quem foi Asmodeus?”, falamos de antigos seres humanos malévolos ou de demónios?

Para conhecer a fantástica história de Lilith, deverá ler "Sabotagem no Paraíso" onde são narrados os acontecimentos.

Sabotagem no Paraíso

Voltando ao Duque de Aveiro, relacionado com esta descoberta ou não, ele será alvo de um processo judicial arbitrário movido pelo ministro Sebastião de Carvalho e Melo, que o levará à tortura e culminará com a sua condenação à morte.

Um atentado mal explicado à vida do rei dom José, foi o mote para o futuro marquês de Pombal prender vários elementos das famílias Távora, Aveiro, Alorna e Atouguia. Será o infame Processo dos Távoras que destruiu o nome de uma das mais influentes famílias portuguesas da época. 

O duque, dois dos seus filhos, a marquesa de Távora e vários criados foram executados, com grande crueldade, em praça pública, acusados de conspirarem para tirar a vida ao rei.  Os brasões da família foram mandados arrancar ou picar em todas as propriedades do país e o nome Távora foi proibido de ser pronunciado. Apenas um dos criados acusados de participar na conspiração escapou, chamava-se José Policarpo de Azevedo.

Aquilo que se suspeita é que Pombal pretendia apossar-se da caixa e das estatuetas que os criados do duque acharam e que havia sido confiadas ao criado desaparecido. Este, assim que percebeu o desenrolar da tragédia, fugiu do palácio acompanhado de outro jovem que se encontrava lá como protegido da marquesa de Távora, o seu nome era Estevão Montenegro. 

Após isso perdeu-se o rasto do achado, no entanto, o comportamento de alguns dos personagens históricos poderão ser indiciadores das influência maléficas dos objetos portadores da maldição; Malagrida enlouqueceu, após ele, o Marquês de Pombal esteve envolvido em vários casos, para além do Processo dos Távoras, onde demonstrou imensa crueldade, até à sua destituição por D.Maria I, também esta acabou por enlouquecer ao fim de algum tempo. Supõe-se que todos eles tivessem sido portadores da carta que se encontrava na caixa e que se encontra agora desaparecida.

Como último ato, Estevão Montenegro, bastante doente, apareceu sozinho em São Cristóvão do Covelo cerca de 1770 e entregou as estatuetas à guarda do irmão Antero.

A nossa história começa em 1830, na fictícia e remota aldeia transmontana de São Cristóvão do Covelo onde a população e Avelino, neto de Antero Montenegro, desconhecendo totalmente a existência destes objetos, vão ser vítimas da terrível influência.

1º volume “Lágrimas no Rio”

 

2º volume “A Caixa do Mal”
 



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